A Madalena é vila sede de concelho e situa-se no extremo ocidental da ilha do Pico. Defronte à vila, como monumentos ao acontecimento vulcânico que lhe deu origem, erguem-se, no oceano, os ilhéus – Ilhéu Deitado e Ilhéu em Pé –, que não são mais do que formações geológicas resultantes de um milenar cone de vulcão.
No horizonte, atrás dos ilhéus, surge a ilha do Faial, separada apenas por cerca de 7 km de oceano. A proximidade à cidade da Horta faz da Madalena uma das principais portas de mar da ilha do Pico. O novo Terminal Marítimo João Quaresma, tornou-se num dos mais modernos terminais marítimos de passageiros dos Açores, gerando mais conforto e comodidades a quem chega à ilha por mar.
A Madalena tem um enorme legado rural, ligado à vida agrícola e vitivinícola: engenhos para aproveitamento de cursos de água e poços de maré; adegas, alambiques, armazéns, grandes casas rurais e outras construções típicas; e os famosos currais de vinha, em basalto negro, que, no seu conjunto, dão origem a centenas de quilómetros de muros de proteção aos vinhedos e à criação de uma paisagem única no mundo! A organização e divisão dos espaços de vinha com a sua pedra vulcânica preta foi considerada, em 2004, “Património da Humanidade”, pela UNESCO. O concelho da Madalena foi ainda o grande produtor do famoso vinho dos Açores, da casta de verdelho.
No coração da vila e voltada ao mar, a bela Igreja Matriz de Santa Maria Madalena, do século XVII, ergue aos céus as suas duas torres sineiras, numa fachada totalmente renovada no século XIX. O templo demonstra ainda o fervor religioso das suas gentes, na recuperação e restauro depois do sismo de 1998, que a reabriu ao culto na noite de Natal de 2004.
A inconfundível silhueta da vila, com as torres da matriz, as duas árvores centenárias, o casario antigo e contemporâneo, o seu espelho no mar e enquadramento com montanha fazem da Madalena um bilhete-postal vivo!
A mais-valia da vila e concelho está, contudo, na sua beleza paisagística – na relação entre o meio e homem e como isso resultou na paisagem, no seu ambiente tranquilo, que mistura o negro da rocha com o exotismo e colorido de espécies que o clima da ilha potencia – e na alegria e autenticidade das suas gentes.
Várias piscinas naturais de águas límpidas e tépidas podem ser desfrutadas na vila e proximidades. Ou aventurar-se, ao largo da costa, num mergulho, na observação de cetáceos ou de um simples passeio de barco.
Uma gastronomia rica e variada, de iguarias típicas, pode ser antecipada com um queijo do Pico e bolo de milho, em qualquer restaurante da vila. E para acompanhar, um excelente vinho produzido no concelho.
O clima ameno e a morfologia do território convidam a um passeio a pé ou de bicicleta. Na vila, podem apreciar-se as recentes pinturas murais que integram um roteiro artístico de grande qualidade, visitar núcleos museológicos e centros de interpretação, templos religiosos, ou simplesmente contemplar a montanha ou o oceano. Não faltará o que fazer, apreciar, sentir, fruir!